sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E A INFORMÁTICA: TRAÇANDO PERSPECTIVAS


Camila Rodrigues Maltêz
Cristiane Paula Corrêa Sobrinho
Daphne Lorene Alves Bittencourt;
Lilian Nascimento Martins
Kelly dos Reis Miranda

As tecnologias informacionais vêm crescendo cada vez mais e ganhando o seu espaço nos ambientes educacionais. Neste contexto, as escolas devem acompanhar, sempre com um olhar crítico, estes avanços que acontecem cada vez mais rápido.
Com esses avanços há modificações na estrutura organizacional da escola principalmente na ampliação e na melhoria de materiais pedagógicos, sobretudo com os novos recursos, especialmente os da área tecnológica.
A informática na educação pode auxiliar e contribuir para o processo de ensino aprendizagem nas escolas. “O grande desafio, segundo Moraes (1997) citado por Guedes (p. 2), é modificar as práticas pedagógicas para adequá-las ao paradigma emergente, discutindo diferentes propostas educacionais”.
As escolas geralmente se apóiam em softwares educativos, para o trabalho com a informática. Faz-se necessário que as escolas saibam avaliar e escolher um software educativo para que atenda as necessidades dos professores e dos alunos. E que não seja utilizado apenas como entretenimento da turma, mas que contribua no processo de ensino aprendizagem dos mesmos.
É a partir do exposto que, a inserção da informática na escola, requer inicialmente, um planejamento acerca dos objetivos pretendidos, da infraestrutura disponível - ou a ser aperfeiçoada - , dos conhecimentos dos professores acerca destes elementos e, também, dos instrumentos de avaliação.
Neste contexto, a inserção da informática na Escola deve ter como objetivo propiciar um conhecimento ativo de professores e alunos acerca do uso e articulação da informática no cotidiano da escola.
a partir de ações que permitam:
·       - A integração da informática em todas as atividades, sem que seu uso delimite apenas um tempo específico ou um conteúdo a mais a ser ministrado na escola;
·      -  A apropriação crítica das possibilidades informacionais para o cotidiano atual;
·       -  A utilização da informática por meio de atividades transdisciplinares;
·       - O respeito ao tempo e às necessidades das crianças nas atividades propostas;
·       - A utilização de softwares adequados ao tema trabalhado e à faixa etária da criança;
·      - A mediação do educador na efetivação dos conteúdos trabalhados, bem como na escolha dos softwares a ser utilizados;
·       -  A constante avaliação, tanto dos professores quanto dos gestores, acerca do uso da informática na escola;
·    - A participação dos educadores na definição dos objetivos pretendidos a partir da integração dos recursos informacionais na escola, bem como na escolha dos critérios de avaliação institucional e pedagógica;
·        - A garantia de momentos de formação continuada dos professores na área das tecnologias.

De acordo ROSALEN & MAZILLI (s/d, p. 1):

a formação do professor para a utilização da informática nas práticas educativas não tem sido priorizada tanto quanto a compra de computadores de última geração e de programas educativos pelas escolas, transparecendo a idéia de que os equipamentos sozinhos podem melhorar a qualidade das práticas educativas.

Diante do exposto, para se incorporar a informática à escola, faz-se necessário:
·         Investigar os conhecimentos prévios dos professores, bem como suas concepções, acerca do trabalho com a informática;
·        - Estabelecer um constante diálogo, a partir de reuniões ou encontros que, com determinada freqüência, possam permitir um canal de trocas de saberes e experiências sobre as atividades realizadas no âmbito das tecnologias;
·        -  Envolver o corpo docente na participação de cursos, palestras e seminários sobre o assunto;
·       - Garantir aos professores o uso ao computador também para elaborar atividades sobre os alunos, montar relatórios e pesquisar temas de seu interesse.

No mesmo caminho, a escolha das atividades a ser realizadas na informática, bem como a escolha dos softwares educativos a ser adotados pela escola, também necessita de certos cuidados. Neste sentido, com base nas contribuições de BATISTA & NAPOLITANO (2008), devem ser verificados:
·         A pertinência às atividades propostas aos conteúdos trabalhados;
·         A avaliação dos trabalhos realizados com a utilização destes programas;
·         A relação das atividades propostas com os objetivos estabelecidos no Projeto Político Pedagógico;
·         Os temas abordados pelos softwares e seu conteúdo pedagógico;
·         O planejamento dos professores para estas atividades.

A partir da incorporação destes elementos no trabalho pedagógico desenvolvido pelos docentes, as formas de avaliação poderão ocorrer de forma diversificada, isto é, com base no desempenho do aluno nas atividades que envolvam a Informática. No caso da Educação Infantil, no trabalho com a informática, podem ser analisados:
·         - Os conhecimentos prévios dos alunos sobre a atividade proposta;
·         - A relação dos alunos com as possibilidades e limitações do computador;
·        -  A relação entre pares - cooperação, troca de informações - nos momentos de uso do computador;
·         - As relações estabelecidas pelos alunos entre seu cotidiano e os aspectos trabalhados na informática.


REFERÊNCIAS:

BATISTA, Felício Félix; NAPOLITANO, Regina Lúcia. Software Educativo (Tecnologia Para A Educação Infantil). Disponível em: (http://blig.ig.com.br/oficinalinguagemdigital/2008/10/19/software-educativo-tecnologia-para-educacao-infantil/)

ROSALEN, Marilena; MAZZILLI, Sueli. Formação De Professores Para O Uso Da Informática Nas Escolas: Evidências Da Prática. Disponível em: http:// www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt08/gt081345int.rtf

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